Como já foi
citado na nossa página Sobre o TDAH, a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) é uma das formas de tratamento
para o TDAH. Seu objetivo mais amplo é auxiliar o paciente a
desenvolver novos padrões de comportamentos, pensamentos e maior qualidade de
vida, com mais autonomia e satisfação. Os objetivos e as técnicas específicas
variam de acordo com a faixa etária (crianças, adolescentes ou adultos) e com
as demandas de cada caso.
Em geral, o programa de tratamento tenta fundir
estratégias e técnicas comportamentais, dividindo-se em aproximadamente quatro etapas. A primeira é a verificação de associação das comorbidades com o
TDAH (abuso ou dependência de drogas, transtorno de conduta e depressão, por exemplo). A
segunda é a psicoeducacão, onde será disponibilizado ao paciente informações acerca
da doença, possibilitando assim que ele seja capaz de identificar os sintomas e
interpretar os seus danos, podendo obter novas estratégias para o manejo destes,
desfazendo rótulos prévios e melhorando sua autoestima frequentemente abalada
após anos de impacto do transtorno. A terceira seria a psicoterapia, que irá
ensinar o paciente a contestar suas crenças e adotar uma nova visão de si mesmo,
aprendendo a controlar o comportamento a partir de instruções dadas pelo
psicólogo, pais e professores, as quais gradualmente serão internalizadas. E
por último, entrariam as intervenções ambientais, onde inicialmente é
recomendado ao paciente que encontre um equilíbrio entre a estrutura e a
liberdade (Doyle, 2006). A estrutura seria o conjunto de controles externos,
que têm como objetivo reduzir o prejuízo (como, por exemplo, o uso de lista de
lembretes, cronogramas, lugares sem muitos estímulos para estudar,
despertadores, etc.).
Entretanto,
existem controvérsias com relação à eficiência da Terapia Cognitiva
Comportamental. Alguns autores afirmam que a terapia com o auxílio da Ritalina
é eficaz e suficiente (Barkley, 2002b; Doyle, 2006; Hallowell
& Ratey, 1999; Knapp et al, 2008;
Rohde & Halpern, 2004; Rohde & Mattos, 2003) e que a TCC ajuda o cliente
a redirecionar sua atenção, reestruturar suas crenças de maneira mais
adaptativa, mudar o modo como se sente, modificar seus comportamentos e
auxiliar nas habilidades sociais. Os clientes aprendem estratégias de resolução
de problemas, manejo de tempo, técnicas de organização e o controle da raiva e
agressividade.
Paulo Knapp (2008) afirma que é muito mais difícil remediar estratégias
cognitivas de longa data alteradas, do que distorções de pensamento muitas
vezes agudamente estabelecidas.
Tudo o que somos, pensamos, sentimos e fazemos
depende diretamente de estruturas cerebrais e hereditariedade genética; por
outro lado, não somos simplesmente o produto do nosso cérebro ou nossos genes.
Nossas circunstâncias de vida, experiências e aprendizagem interagem com estes
fatores orgânicos, em uma combinação complexa, que dá origem àquilo que nós
somos.
Muito bom, meninas!
ResponderExcluirSou portador de TDAH, e tenho algumas considerações para fazer em relação ao TCC para adultos; em mim esse negócio não funcionou, acho que a razão principal é o fato de não conseguir ter paciência para ir submetendo-me a um tratamento que é gradual, muitas vezes "babaca" mesmo. Acho que em crianças é uma boa ferramenta de auxílio. Tenho um bocado de coisas mais que posso falar, por isso lá no início falei "considerações", mas estou sem paciência... fica para outra ocasião. Parabéns pelo blog, vou colocar ele na ciranda da turma.
ResponderExcluirOlá pessoal, vocês levantaram que a TCC não se apresenta com unanimidade para o tratamento do TDAH mas não apontaram quais as critica que essa alternativa vem recebendo. Poderiam acrescentar?!
ResponderExcluirMeninas, vcs disseram: "De fato, não é fácil conviver com um indivíduo portador de TDAH, e menos fácil ainda é ser um portador de TDAH". Preocupei-me um pouco com este "de fato", pq dá um carater naturalizador à convivencia e gerar uma justificativa para o pouco esforço para entender e lidar com o portador de TDAH. Não seria o caso de falarmos de uma outra maneira? Que acham? É só um delicado cuidado com as palavras, ok? Abraços.
ResponderExcluirOi, sou mãe e descobri o problema quando meu filho já estava trabalhando e entrou numa espiral de erros que culminou com a perda do emprego conquistado com.muito estudo, era concursado. Antes ele era diagnosticado como tímido e retraído, nunca mencionaram TDAH. Todos diziam que era preguiça, desatenção, e pouco caso da parte dele em relação a tudo. As brigas e impaciências foram.piorando tudo, nem com a namorada conseguiu dar certo, não temos um.bom relaciomento porque ele ne desvaloriza e ne trata como.lixo ou empregada dele, inclusive obrigada a sustentá-lo. Critica tudo em casa, até o fim que o pai gosta de destinar o que ganha. Não sei como agir, é uma bomba armada, dá medo de conversar com ele,nunca se sabe como está o humor. Ele não aceita que tem problemas e eu evito confrontos, mesmo assim é uma guerra silenciosa. Ele já está com mais de 30 anos, e sou receosa de que leia isto e transforme numa nova batalha, não me deixa falar ne com o psiquiatra dele, já o fiz e ele me agrediu violentamente com imprecações de tod tipo.
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